Duas das maiores companhias de transporte marítimo do mundo disseram hoje que vão encerrar em 2025 seu acordo de compartilhamento de navios. O acordo entre a Maersk e a MSC foi assinado em 2015 e envolve o uso de slots de navios das duas empresas em algumas rotas.
A notícia é um vento a favor para a Santos Brasil, que opera três terminais portuários, o maior deles no Porto de Santos. Hoje, o mercado de transporte marítimo é formado por nove empresas, que estão divididas em três alianças estratégicas: a 2M (da Maersk e MSC); a Ocean Alliance (da Cosco, CMA CGM, Evergreen e OOCL); e a THE Alliance (da Hapag-Lloyd, ONE, HMM e Yang Ming).
Essa é uma disrupção nas cadeias globais de abastecimento causada pela pandemia mudou a dinâmica do mercado de transporte marítimo. Basicamente, as empresas de transporte marítimo passaram a dar mais prioridade para planejar jornadas mais ágeis, como forma de fornecer uma cadeia de suprimentos mais flexível, em vez de ter um número grande de rotas frequentes.
Essa tendência deve impactar a indústria como um todo e promover uma desconsolidação do setor de transporte marítimo.
Por outro lado, o fim do acordo entre as duas empresas pode abrir oportunidade para a Maersk vender sua participação no terminal de contêineres BTP, uma joint venture dela com a MSC que também opera no Porto de Santos.
Outra consequência seria a Maersk tentar comprar a Santos Brasil ou seu terminal no Porto de Santos.
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